A fisiologia do exercício é algo fascinante. Portanto, para aqueles(as) que visitam este espaço democrático, vou tentar explicar de forma breve e correta, sem me aprofundar muito, o motivo pelo qual há indivíduos que suportam mais exercícios de longa duração que outros; Da mesma forma que há aqueles que são mais rápidos, e se adaptam melhor à atividades mais intensas e menos duradouras.
Vamos falar das fibras musculares. São células multinucleadas alongadas que compõem o músculo esquelético. Por sua vez, o mecanismo contrátil é formado por miofilamentos dentro delas compostos pelas proteínas actina e miosina. Estes miofilamentos deslizam uns sobre os outros produzindo tensão ou alteração de comprimento, processo que depende de gasto energético e cálcio.
Há fibras de contração lenta (Tipo I) e rápida (Tipo II), e o indivíduo nasce predisposto a ser constituído de uma maior quantidade de fibras em detrimento da outra - não há como mudar isso. O percentual de fibras lentas ou rápidas é geneticamente predeterminado. Estas, por sua vez, são controladas por nervos que se ligam aos músculos.
Tipo I - Contração lenta, geração de pequena força, grande número de mioglobina, grande vascularização ("vermelho"), grande número de mitocôndrias, metabolismo oxidativo como fonte de energia, resistente à fadiga (contração mantida, tônica).
Tipo II - Contração rápida, geração de grande força, pequeno número de mioglobina, pouca vascularização ("branco"), pequeno número de mitocôndrias, glicólise como fonte de energia, pouco resistente a fadiga (intensa atividade de curta duração).
Portanto, com o treinamento, as respectivas fibras são recrutadas de acordo com o esforço realizado e, evidentemente, serão mais exigidas àquelas predominantes na constituição corporal do indivíduo. Entretanto, não quer dizer que as demais não serão.
Todavia, nunca pode realmente mudar a capacidade de uma fibra (a menos que submeta-se a transplante de nervo, o que é feito somente em laboratório). É por isso que alguns nadadores são melhores em provas de 50, 100 e 200 metros, enquanto outros se destacam nas provas de 400, 800, 1500 e maratonas aquáticas.
Referências
KOUYOUMDJIAN, João Aris. Unidade motora e receptores musculares. 2015. Disponível em: http://disciplinas.famerp.br/Neurologia/Documents/3%C2%AA%20S%C3%A9rie%202016/Roteiros%20de%20Aulas%20e%20Slides/UNIDADE%20MOTORA%20E%20RECEPTORES%20MUSCULARES.pdf
Há fibras de contração lenta (Tipo I) e rápida (Tipo II), e o indivíduo nasce predisposto a ser constituído de uma maior quantidade de fibras em detrimento da outra - não há como mudar isso. O percentual de fibras lentas ou rápidas é geneticamente predeterminado. Estas, por sua vez, são controladas por nervos que se ligam aos músculos.
Tipo I - Contração lenta, geração de pequena força, grande número de mioglobina, grande vascularização ("vermelho"), grande número de mitocôndrias, metabolismo oxidativo como fonte de energia, resistente à fadiga (contração mantida, tônica).
Tipo II - Contração rápida, geração de grande força, pequeno número de mioglobina, pouca vascularização ("branco"), pequeno número de mitocôndrias, glicólise como fonte de energia, pouco resistente a fadiga (intensa atividade de curta duração).
Portanto, com o treinamento, as respectivas fibras são recrutadas de acordo com o esforço realizado e, evidentemente, serão mais exigidas àquelas predominantes na constituição corporal do indivíduo. Entretanto, não quer dizer que as demais não serão.
Todavia, nunca pode realmente mudar a capacidade de uma fibra (a menos que submeta-se a transplante de nervo, o que é feito somente em laboratório). É por isso que alguns nadadores são melhores em provas de 50, 100 e 200 metros, enquanto outros se destacam nas provas de 400, 800, 1500 e maratonas aquáticas.
Referências
KOUYOUMDJIAN, João Aris. Unidade motora e receptores musculares. 2015. Disponível em: http://disciplinas.famerp.br/Neurologia/Documents/3%C2%AA%20S%C3%A9rie%202016/Roteiros%20de%20Aulas%20e%20Slides/UNIDADE%20MOTORA%20E%20RECEPTORES%20MUSCULARES.pdf
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