A história diz que, nos
primórdios dos Jogos Olímpicos, os atletas iam para as disputas nus. Sim, nus,
como vieram ao mundo. Pelo menos é o que mostram esculturas ou pinturas em vaso
de escultores, os quais desenhavam a inspiração em seus trabalhos diretamente
dos atletas - e dos movimentos destes - enquanto praticavam esportes. A beleza
do corpo nu era considerada o reflexo da beleza interna e ilustrava o equilíbrio
harmonioso entre corpo e mente. A prática de esportes ajudava a desenvolver e
atingir essa harmonia.
Recentemente a CBDA (Confederação
Brasileira de Desportos Aquáticos) divulgou um boletim no qual consta que, a
partir da temporada 2018, não será permitido o uso de trajes de alta
performance - conhecidos como “fastskin” - por atletas da categoria MIRIM, e a
partir da temporada 2019 não será permitido o uso desses trajes por atletas da
categoria PETIZ. As razões podem ser conferidas, na íntegra, através do link (CLIQUE AQUI).
A medida, puramente pedagógica, tem o objetivo de fazer jovens nadadores e suas famílias se concentrarem no desenvolvimento de suas carreiras aos aspectos mais importantes de sua formação (PUSSIELDI, 2017).
A medida, puramente pedagógica, tem o objetivo de fazer jovens nadadores e suas famílias se concentrarem no desenvolvimento de suas carreiras aos aspectos mais importantes de sua formação (PUSSIELDI, 2017).
Na Austrália, uma das federações estaduais mais importantes, Victoria Swimming, também adotou medida similar eliminando os bodysuits para as meninas e os jammers para os meninos até 11 anos de idade (CLIQUE AQUI) (PUSSIELDI, 2017).
Certamente a resolução está
causando furor entre pais, responsáveis e crianças atletas. Aliás, ouso a
afirmar aqui que os discordantes desta decisão são maioria. A própria FINA
aboliu os trajes tecnológicos. Mas quem disse que nos atuais não há a dita
"tecnologia"? Será mesmo que cada traje produzido, por diversas
marcas, têm o mesmo "coeficiente de flutuação (ou flutuabilidade)"?
Portanto, a meu ver a discussão é simples, e estou absolutamente de acordo com a confederação. Por mim, seriam homens de sunga, e mulheres de maiô e olhe lá (nus impossível, evidentemente) - do Mirim ao Absoluto. E ponto final.
Referências
PUSSIELDI, Alex. O banimento (pedagógico) dos trajes tecnológicos. 2017. Disponível em: http://sportv.globo.com/site/blogs/especial-blog/blog-do-coach/post/o-banimento-pedagogico-dos-trajes-tecnologicos.html
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