Embora podendo ser trabalhado
especificamente, o componente "Força", na natação, está presente em
todos os ciclos (micro, meso e maso) de treinamento, de acordo com Platonov
(2005). Entende-se por "Força" a capacidade de exercer tensão por
parte de determinado músculo contra determinada resistência (GUEDES JR., 2003).
Esta capacidade é um pré-requisito básico para desempenhar qualquer tipo de
atividade motora e está altamente ligada aos componentes internos nos músculos
estriados esqueléticos (fatores musculares e neurais), tendo relação entre os
músculos que desempenham a tarefa (coordenação intramuscular e intermuscular,
segundo Aboarrage (2008).
Fora da água, musculação
direcionada, bem como treinamento funcional são obrigatoriamente aplicados afim
de se melhorar demais componentes como Flexibilidade, Resistência, Velocidade e
Potência. Além do treino propriamente dito, se utilizam implementos para o
desenvolvimento ainda maior dos componentes supracitados: Extensor de borda, paraquedas,
power rack e até mesmo banco (ou cadeira) isocinética (biocinética).
A seguir, um exemplo de
treino que mescla Força, Resistência, Velocidade e Potência utilizando um
extensor (ou elástico) de borda. O técnico Marcelo Mello aplicou uma série de
10 x 50 (25 crawl, ritmado, resistido a partir da tensão gerada pelo elástico,
a medida em que é esticado pelo atleta; E 25 borboleta com a máxima potência
(na física, P = Força.Velocidade), aproveitando a tensão a favor gerada pelo
elástico). Transição rápida de um 25m ao outro, e 1'00 de intervalo a cada
tiro.
Referências
ABOARRAGE, Nino. Treinamento de força na água. São Paulo: Phorte, 2008.
GUEDES JR., D. P. Personal Training na Musculação. [S.I]: Ney Pereira, 1997.
PLATONOV, V.N. Treinamento Desportivo para Nadadores de Alto Nível. 1 ed. São Paulo: Phorte, 2005.
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