quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Exercícios contra males neurodegenerativos

O sedentarismo além de contribuir para elevar a pressão arterial de forma isolada, também está associado a agravantes hipertensivos como Diabetes Mellitus, sobrepeso e ou obesidade, e dislipidemia, onde no mundo contemporâneo, o desenvolvimento da humanidade e sua migração para os centros tecnológicos, juntamente com a acessibilidade das invenções que geram conforto e interação, fazem o sedentarismo ou inatividade física apresentar níveis crescentes na população em geral, tendo uma relação próxima com o desenvolvimento da Hipertensão Arterial, sendo um problema de saúde pública. (AZIZ, 2014).

No entanto, outros acometimentos também podem ser potencializados via inatividade física como doenças de cunho cognitivo. Um exemplo marcante é a Doença de Alzheimer. Esta enfermidade é a forma mais comum de demência entre idosos, caracterizada por um progressivo e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, orientação no tempo e no espaço, pensamento abstrato, aprendizado, incapacidade de realizar cálculos simples, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar as tarefas cotidianas (SAYEG, 2004).

Conforme Oliveira e Furtado (1999), o envelhecimento promove uma série de mudanças anatômicas e químicas no encéfalo e medula. Ocorre uma diminuição no volume do cérebro (cerca de 2% a cada dez anos depois dos 50 anos de idade e que o peso do cérebro cai cerca de 15% do seu volume máximo alcançado aos oitenta anos de idade). Assim conclui-se que nos primeiros 50 anos de vida perde-se mais substância cinzenta que branca e na segunda metade de vida, esta relação se inverte.

No jornal "O Globo", edição de quinta-feira (28/12/2017), na editoria Sociedade, em destaque, a matéria em destaque motivou esta postagem. No texto diz que a Academia Americana de Neurologia publicou, na quarta-feira (27/12/2017), uma atualização de suas diretrizes na qual recomenda a prescrição de exercícios no lugar de remédios para o tratamento do chamado Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), um dos primeiros sinais de males neurodegenerativos mais graves como, justamente, o Alzheimer.

Segundo Ronald C. Petersen, diretor do Centro de Pesquisas do Mal de Alzheimer da Clínica Mayo, que tem sede em três Estados americanos, os exercícios não podem evitar o surgimento do Alzheimer, mas podem adiar seu desenvolvimento.

Portanto, você que é sedentário e está próximo dos 60 anos, comece a se movimentar regularmente, por, pelo menos, 30 minutos em cinco vezes por semana; Ou 50 minutos em três vezes no mesmo período E você que é ativo, continue praticando sua atividade física regularmente, com vigor e evitando gerar lesão.

Referências

AZIZ, José Luís. Sedentarismo e Hipertensão Arterial. Revista Brasileira de Hipertensão, v.21, n.2, p.75-82, 2014. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/profissional/revista/21-2.pdf

OLIVEIRA, Ricardo Jacó de; FURTADO, Adriana Cardoso. Envelhecimento, Sistema nervoso e o exercício físico. Ano 4 · Nº 15 | Buenos Aires, 1999. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd15/exercic.htm 

SAYEG, Norton. O que é doença de Alzheimer (DA)? 2004. Disponível em: http://www.alzheimermed.com.br/perguntas-e-respostas/o-que-e-doenca-de-alzheimer-da 

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