quarta-feira, 5 de julho de 2017

A importância da Natação desde os primeiros anos de vida, e a atenção de pais e responsáveis com os bebês

Natan, Benjamin e Pedro.
Os três foram meus alunos
Poderia ser apenas uma notícia corriqueira a respeito de um problema sofrido por um jogador, de um grande clube brasileiro; Destas que você lê todos os dias ao acessar um portal esportivo ou abrir a editoria de esportes de qualquer jornal. No entanto, o assunto é mais sério do que se imagina, e tem a ver com a Natação. Aliás, tudo a ver.

Não faço a menor ideia se o filho do meio-campo do Palmeiras, o venezuelano Alejandro Guerra, está aprendendo ou não a nadar. Se estiver, ótimo. Se não, após o susto que o jogador e sua família passaram nesta quarta-feira (05 de julho de 2017) o farão rapidamente a pensar na possibilidade de matricular seu filho em uma escola de natação.

Sim, lamentavelmente o filho do atleta do Palmeiras quase morreu afogado, durante o aniversário de sua mãe, na piscina de sua residência. Quando surgiu a notícia, o atleta do clube paulista, que se encontrava em Guayaquil (Equador), retornou para São Paulo.

De acordo com o noticiário, a criança está em estado estável e sob cuidados em um hospital da capital paulista. Graças a Deus. Então vamos ao complemento.

O bebê já é adaptado ao meio líquido desde a gestação e, estando acostumado ao meio líquido desde a fase uterina, pode exibir uma performance que encanta e até surpreende quem assiste a uma aula de natação para crianças. O contato com a água ainda nos primeiros meses de vida favorece a saúde e proporciona um momento de prazer e descobertas para os bebês (LAGRANGE, 1974).



A natação proporciona aos bebês benefícios físicos, orgânicos, sociais, terapêuticos e recreativos, melhora a adaptação na água, aprimorando a coordenação motora, noções de espaço e tempo, prepara o psicológico e neurológico para o autossalvamento, aumento da resistência cardiorrespiratória e muscular. A natação ajuda também a tranquilizar o sono, estimular o apetite, melhorar a memória, além de prevenir algumas doenças respiratórias (FERREIRA, 2007).

Pode-se afirmar, com segurança, que salvo algum distúrbio, todo bebê tem um atrativo natural pela água. O sentimento de medo ou insegurança apresentados na água, não raro, são reações que o bebê adquiriu da própria mãe e/ou pai e provavelmente, ele reage desta maneira também fora da água. A criança até um ano de idade desconhece o significado do perigo (FONTANELLI e FONTANELLI, 1985; PETRIA, 1992).

Entretanto esse perigo é iminente. Toda atenção é pouca com bebês e crianças. Afinal, são destemidas - na maioria dos casos - quando veem uma piscina, um rio, lagoa e/ou o mar. Se jogam.

Portanto, o ocorrido com o pequeno Assael Guerra serve de alerta para todos os pais e responsáveis e, claro, um incentivo também para, o quanto breve, colocar os seus filhotes para aprenderem a nadar.

Referências:

FERREIRA, F. G. Natação para bebês. Disponível em: http//www.guiadobebê.com.br. Acesso em: 05 jul. 2017.

FONTANELLI, J. A. M.; FONTANELLI, M. S. Natação para bebês: entre o prazer e a técnica. São Paulo. Editora Ground Ltda, 1985.

LAGRANGE, G. Manual de psicomotricidade. Lisboa. Editorial Estampa, 1974.

PETRIA, P. Brincar com o bebé. Lisboa. Publicações Dom Quixote, 1992.

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